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sábado, 29 de outubro de 2011

Asteroide vai passar raspando na Terra em novembro

Imagem do asteroide 2005 YU55 por meio de ondas de radar

Rocha espacial se aproximará do nosso planeta a distancia menor que a da Lua; Nasa descarta risco de colisão.
MAIS:_China quer colocar asteroide em órbita da Terra
Um asteroide da lista de objetos espaciais potencialmente perigosos passará muito perto da Terra em 8 de novembro, às 20h28 (horário de Brasília), pelos cálculos da Nasa.
A rocha espacial chamado 2005 YU55 se aproximará do nosso planeta a uma distancia menor do que a da Lua, o que para a astronomia é considerado um "fio de cabelo cósmico".
A proximidade do asteroide é incomum por se tratar de um objeto grande, com 55 milhões de toneladas e 400 metros de diâmetro – o equivalente a quatro campos de futebol.
Se atingir a Terra, o impacto terá a força de mais de 65 mil bombas atômicas, abrindo uma cratera de quase 10 km de largura e 600 metros de profundidade.
No entanto, a Nasa descarta qualquer risco de colisão entre o asteroide e o planeta Terra, pelo menos nos próximos 100 anos.
“O YU55 orbita o Sol de 14 em 14 meses, porém não representa nenhuma ameaça de colisão com o nosso planeta no período de 100 anos”, disse o porta-voz da Nasa, Don Yeomans.
Descoberto por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, em 2005, o asteroide só foi melhor observado em abril de 2010 através do Radiotelescópio do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, revelando-se um objeto escuro e quase esférico.
Acontecimento histórico
A passagem do YU55 perto da Terra será um acontecimento histórico para os astrônomos - trata-se da maior aproximação de um objeto deste tamanho detectado com antecedência.
O 2005 YU55 estará melhor visível na manhã do dia 9 de novembro, quando atingirá magnitude 11 por várias horas até desaparecer.
Na astronomia, magnitude é a medida quantitativa de luz vinda de um astro. Quanto menor o número, maior o brilho aparente.
Como a visão humana só consegue captar objetos com brilhos até 5 graus de magnitude positiva, quem quiser observar o asteroide vai precisar de, no minimo, um pequeno telescópio.
 
 FONTE; Por Pedro Sirna, Atualizado: 28/10/2011 16:48

domingo, 23 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO: entre os estados nordestinos, Paraíba tem o quarto maior índice de reprovação

Entre os estados do Nordeste, a Paraíba tem o quarto maior índice de reprovação, com 14,7%, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2009). Em relação aos demais estados brasileiros, a Paraíba amarga uma posição ainda mais preocupante: ocupa o sétimo lugar no ranking de reprovação, incluindo resultados do ensino fundamental em escolas federais, estaduais e municipais. Quando se trata de taxa de aprovação no ensino fundamental, a Paraíba ocupa o terceiro pior índice do Nordeste, com 76,6%, perdendo apenas para Bahia (75,3%) e Piauí (73,1%). Os dados foram colocados no site do Ministério da Educação na última sexta-feira e podem ser conferidos através do endereço eletrônico (http://www.inep.gov.br/indicadores-educacionais).
De acordo com o Ideb, a reprovação é mais recorrente nas escolas municipais com 16,2%, seguida das estaduais com 15,2%, federais com 4,8% e privadas com 3,3%. A taxa de reprovação nas escolas estaduais da Paraíba foi maior na 5ª série (ou 6º ano) do ensino fundamental, com 23,8% do total de alunos matriculados. A taxa de aprovação no ensino médio é de 74,1%. De acordo com o Ideb de 2009, a Paraíba tinha 1.102.133 matrículas, sendo 397.44 na rede estadual e 563.569 na municipal. A qualidade do ensino nas escolas da Paraíba está abaixo do ideal, segundo dados do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb 2009). Essa situação compreende 45,8% do total de 338 escolas públicas avaliadas no Estado, que não conseguiram atingir a nota 2,9, meta estipulada pelo MEC para a segunda etapa do ensino fundamental (6º ao 9º ano). A nota da fase entre o 1º e o 5º ano do ensino fundamental também ficou a desejar: 25,1% do total de 1.066 escolas públicas avaliadas não alcançaram a meta de 3,1.
Entretanto, de uma forma geral, a Paraíba alcançou os índices desejados: 3,9 nas séries iniciais do ensino fundamental, quando a meta era 3,1; nota 3,2 nas series finais, quando o MEC determinou 2,9; e nota 3,4 no ensino médio, que tinha como meta 3,1. Apesar disso, os números apresentados pelo Ideb, no entanto, revelam onde o ensino deve melhorar no Estado, tendo em vista que todos os alunos têm direito à mesma qualidade de ensino.
O Ideb mostrou ainda que, apesar de superar as metas do Estado, a qualidade do ensino na Paraíba está abaixo da média nacional, que estipulou meta 4,6 para as séries iniciais do ensino fundamental; quatro para as séries finais do fundamental; e 3,6 para o ensino médio. No resultado, as escolas privadas aparecem com as melhores médias obtidas na avaliação, com 5,4 no ensino médio; 5,8 para as séries iniciais do ensino fundamental; e 5,7 para as séries finais do ensino fundamental. Mas também teve destaque para escolas públicas. O Sesquicentenário (estadual) e a Escola Municipal Doutor José Novais tiveram índices satisfatórios no Ideb.
Não é só a qualidade do ensino que merece atenção. O número de matrículas na educação básica na rede pública da Paraíba teve uma redução de 4,6% entre os anos de 2010 e 2009. A informação é do Censo Escolar, publicado em dezembro do ano passado. Em 2010 foram matriculados 915.965 alunos; no ano anterior, 961.013.
Escolas de Quixaba têm maior aprovação
A maior taxa de aprovação nas escolas públicas do estado está no município de Quixaba (98%). Já as piores taxas de reprovação no ensino médio, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), são dos municípios São José dos Cordeiros (30,2%); Nova Olinda (26,5%); Fagundes (23,1%); Taperoá (22,5%); Cuité (21,2%); Olivedos (19,9%); Cabedelo (19,4%); Cajazeirinhas e São Domingos de Pombal (18,3%); Cubati (17,5%); e Sossego (16,8%). Os dados são referentes ao ano de 2010.
Em relação à taxa de reprovação no ensino fundamental, os municípios com os piores índices são Cubati (25,9%); Alagoa Grande (25,3%); Jericó e Pilar (22,8%); Condado (22,7%); Monte Horebe (22,4%); Cacimbas (22,2%); Cuité (22%); Bernardino Batista (21,5%); Caaporã e Mulungu (21,1%); e Cuité de Mamanguape (20,6%). Os prefeitos não foram localizados para explicar os números. Alguns estavam com o telefone desligado, outros não atenderam as ligações.
O secretário de Educação do Estado, Afonso Scocuglia, foi procurado pela reportagem para comentar os dados, mas não se pronunciou a respeito. Por telefone, o secretário, ao ser questionado sobre os números, pediu que as perguntas fossem repassadas por e-mail e prometeu responder, mas isso não aconteceu até o fechamento desta edição.

FONTE; Escrito por Gibal    Dom, 15 de Maio de 2011 16:36 

56 % DOS JOVENS NÃO ACREDITA NOS POLÍTICOS DO BRASIL

Uma pesquisa exclusiva mostra que 56% dos jovens brasileiros não acreditam nos políticos. Mas 41% aceitariam se candidatar. O que eles pensam e quais são suas causas.

O filósofo e orador romano Cícero dizia que a idade aperfeiçoa “a paciência, a autoridade e a ponderação”, qualidades necessárias para administrar os assuntos graves. Seu pensamento reflete a visão predominante em seu tempo. Na Roma Antiga, as decisões mais importantes eram tomadas pelo Conselho dos Anciãos, formado pelos mais velhos. Surgia então o Senado que conhecemos até hoje, cujo nome vem do latim senex, que significa idoso. A média de idade dos senadores brasileiros, 58 anos, mostra que a política permanece, em grande parte, uma atividade para os mais velhos. Mas a ausência de jovens nas esferas mais altas do poder público do país não significa que eles estejam alienados da política. Uma pesquisa exclusiva feita por ÉPOCA em parceria com a Retrato Pesquisa de Opinião e Mercado traz uma surpresa positiva sobre a relação da nova geração com o poder. Feita em dez capitais brasileiras (Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), ela ouviu 990 adolescentes entre 16 e 18 anos de escolas públicas e privadas. Os dados revelam que os adolescentes não estão nos partidos, mas fazem política em seu dia a dia. Metade deles já aderiu a uma causa pela internet. Estão descontentes com as formas tradicionais de representação, mas acreditam que é possível mudar a realidade se cada um fizer sua parte. Dois em cada cinco topariam seguir uma carreira política, se surgisse a oportunidade.
“Os resultados quebram o mito de que os adolescentes não gostam de política”, diz a socióloga Miriam Abramovay, autora de vários livros sobre política e juventude. Eles apenas a veem de uma maneira menos formal e mais pragmática. “A geração atual está menos ligada aos meios e às formas e mais ligada aos fins e aos propósitos”, diz Germano Guimarães, fundador do Instituto Tellus, uma organização sem fins lucrativos que pretende aproximar o governo da sociedade. “É um pessoal muito mão na massa.” Parte dessa turma está engajada, como organizador ou apoiador, nos protestos que vêm sendo organizados pela internet. Eles surgiram espontaneamente no feriado de 7 de setembro, como forma de manifestar a insatisfação popular com a impunidade diante da sequência de casos de corrupção no governo e no Congresso. Agora, essa juventude mostrará seu rosto nas manifestações públicas, agendadas para o dia 12 de outubro em várias capitais do país (leia a reportagem).
A estudante Inaê Iabel Barbosa, de 16 anos, de Porto Alegre, é um exemplo dessa nova postura juvenil. Por causa de sua liderança na escola, ela já se acostumou a ouvir sugestões da família para se candidatar a vereadora. Mas não está esperando ter um cargo para mudar a realidade a sua volta. Vice-presidente do grêmio do Colégio Marista, a adolescente já pode comemorar uma vitória política: conseguiu baixar os preços na cantina da escola. “O que fazemos em nosso cotidiano não deixa de ser política”, diz. Para 92% dos adolescentes, política é discutir assuntos que mexem com a vida de cada um e da comunidade. “A relação com partidos políticos não é indicador de interesse pela política ou até mesmo de engajamento para esta geração”, diz o economista Sérgio Braga, diretor da Retrato.
Segundo a pesquisa ÉPOCA/Retrato, a maioria dos jovens – 52% – não tem um partido de sua preferência e 56% dizem que a descrença é o principal sentimento em relação aos políticos. A má imagem dos partidos torna difícil atrair os jovens. Apenas 1% disse ser filiado a algum. “Toda vez que a gente vai conversar com um jovem e fala que está em um partido, ele já pensa em corrupção”, diz Paulo Mathias, presidente da juventude do PSDB em São Paulo. Para Aldo Fornazieri, diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política, existe uma crise de representação. “Os partidos são muito fechados e dominados por oligarquias.” É por isso que o técnico em refrigeração Edinaldo de Oliveira, de 19 anos, de Guajará-Mirim, Rondônia, tem dificuldade de fazer as pessoas acreditarem que ele um dia ainda vai ocupar um cargo eletivo. “Todo mundo tem a impressão de que nunca vai dar certo, porque não tem ninguém da família na política”, diz. Mas ele não desiste e usa o pragmatismo para vencer as barreiras. Indagado sobre o que fará na prática para conseguir ser um político, responde: “Vou ter de fazer coligação, né?”. Desde que, faz questão de destacar, o compromisso esteja dentro da ética.
Os poucos que se filiam em geral enfrentam dificuldades para ser ouvidos. “Muitos partidos acham que os jovens só servem para segurar bandeira e colar adesivo”, diz Ângela Santos Guimarães, secretária adjunta da Secretaria Nacional de Juventude, órgão criado em 2005 para ampliar a representação política dessa faixa da população. Para aumentar a participação dos mais jovens em todas as esferas, o PT decidiu em seu último congresso, em setembro, reservar para eles 20% dos postos de direção. A formação da juventude é uma das causas do partido há décadas e, em alguns lugares do país, até 40% dos candidatos têm até 30 anos. “Escolhi o PT porque era onde a juventude tinha mais espaço na pauta”, diz o estudante de administração Demétrio César Xavier, de 19 anos, de Guarulhos, município da Grande São Paulo. Ele se filiou ao partido há três anos. Diz que pesquisou a agenda de outros 15 antes de decidir. Assim como Demétrio, muitos outros jovens poderiam ter uma relação mais próxima com os partidos, que desperdiçam um grande potencial de simpatizantes. Embora não se identifiquem com nenhuma legenda, 41% dos jovens entrevistados não descartam seguir carreira política. “Isso é um puxão de orelha nos partidos políticos, que estão perdendo uma grande oportunidade de atrair esse público”, diz o cientista político Fernando Abrucio, colunista de ÉPOCA. Para ele, os líderes políticos têm de fazer mais que entrar no Twitter para atrair os mais novos. Precisam abrir um espaço real dentro dos partidos para acolhê-los.
Os resultados da pesquisa revelam que os jovens de hoje estão mais abertos para esse diálogo do que os partidos imaginam. Eles são menos radicais em suas crenças. A maioria reconhece que nem todo político é ladrão e acredita que pessoas honestas podem, sim, entrar para a política. Também reconhecem que o poder é capaz de corromper, mas não consideram a tentação inescapável. Quando Kamila Schass, de 16 anos, de Blumenau, em Santa Catarina, foi presidente da Câmara de Vereadores Mirins, em 2008, descobriu que a política pode ser boa. “A gente só vê coisa ruim na televisão, mas, quando chega perto, percebe que é diferente”, afirma. Para Renato Janine Ribeiro, professor de filosofia política da Universidade de São Paulo (USP), o pragmatismo com que o jovem atual vê a política tem um caráter positivo. “Ele ajuda os jovens a ver as coisas como realmente são”, diz. E, ao conseguir enxergar a sociedade de forma mais realista, eles têm mais clareza de como podem agir para mudá-la. Um indício da visão prática desses jovens são seus ídolos. A maioria diz que admira lideranças contemporâneas, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, a presidente Dilma e a ex-candidata Marina Silva. Muitos destacam familiares e amigos. Citam esses nomes ao lado dos ícones clássicos, como Dalai-Lama e Che Guevara. “O jovem não espera mais um mártir que virá para salvar a todos”, diz o sociólogo Gabriel Milanez, da empresa de pesquisa Box 1824. “Os heróis estão no cotidiano.”
Além de visão pragmática da política, os jovens também se mostram inclinados a agir dessa forma. Eles julgam nas atitudes individuais. De acordo com a pesquisa ÉPOCA/Retrato, 46% dos adolescentes julgam que a melhor forma de transformar a sociedade é cada um fazendo sua parte. Em segundo lugar, com 24%, vem votar de maneira consciente; em terceiro, com 16%, organizar grupos em torno de causas; e, em quarto, com 9%, fazer protestos. A valorização da postura pessoal reflete-se na forma de engajamento dos jovens de hoje. Enquanto 24% dizem já ter participado de alguma manifestação, 39% afirmam já ter feito algum tipo de trabalho voluntário. O resultado concreto desse voluntariado é um incentivo para os adolescentes. Quando percebem que suas ações trazem resultados positivos, eles têm ainda mais vontade de agir. Isso os leva gradativamente a buscar entidades com maior alcance. A jovem Ana Carolina Moraes, de 18 anos, de Campinas, interior de São Paulo, acredita no poder transformador da cultura e, por isso, decidiu juntar-se ao Coletivo Ajuntaê. Trata-se de um movimento ligado ao Circuito Fora do Eixo, que incentiva atividades culturais com viés político em vários lugares do país. Por meio de shows, debates e outros eventos, ela pretende difundir a cultura política. “A política é a gente que faz, onde quer que esteja”, diz Ana Carolina. Esse engajamento é saudado por Janine Ribeiro, da USP. Segundo ele, essa geração acredita que mesmo uma ação localizada e individual pode fazer alguma diferença diante de grandes problemas que a aflige, como a desigualdade, a má educação ou a destruição ambiental. “As outras gerações se perguntavam ‘de que adianta’ diante do desafio. Agora, valorizam mais a ação”, afirma.
Dar mais valor à iniciativa individual também traz seus riscos. “A ação individual é importante como postura ética”, diz Aldo Fornazieri. “Mas, para fazer mudanças políticas e econômicas, é necessário haver organizações políticas que deem consequência e continuidade ao movimento.” Sem isso, essas iniciativas correm o risco de ser tão efêmeras quanto um modismo na internet. As ferramentas como o Twitter e o Facebook podem ser o início da atividade política, pois ajudam a mobilizar pessoas em torno de uma causa. Mas, por si, são incapazes de promover mudanças políticas. A experiência do mineiro Marcel Beghini, de 19 anos, mostra isso. Como estudante de jornalismo, ele comentava as principais notícias do dia no Twitter. Acabou chamando a atenção do PSDB. Gabriel Azevedo, secretário de comunicação da Juventude Tucana, convidou Marcel a juntar-se à Turma do Chapéu, um grupo jovem do partido. Hoje, Beghini trabalha no partido para levar aos outros estudantes, pessoalmente ou por internet, e de forma mais palatável, a política. Na campanha do então candidato Antonio Anastasia para o governo mineiro, o grupo de Beghini fez e postou vídeos bem-humorados no YouTube.
O caminho para agradar ao paladar juvenil é trazer as grandes causas do país para os assuntos que interessam aos jovens diretamente. O tema que mais os mobiliza, segundo a pesquisa ÉPOCA/Retrato, é a educação. Para os jovens, melhorar a qualidade do ensino deve ser a prioridade do Brasil. Essa é a bandeira dos universitários Patrícia Matos e Tiago Martins, ambos de 18 anos. Como presidente do grêmio no colégio público Elefante Branco, Patrícia convocou protestos para melhorar as condições de ensino. Ela e seus colegas reivindicavam que o passe de estudante para os ônibus valesse para todos os alunos, e não só para algumas faixas de renda. Também queriam participar da gestão da escola, criando comitês para decidir assuntos cotidianos ou votar o orçamento. O passe democrático eles conseguiram. A ideia dos comitês virou um projeto de lei, encampado por uma deputada do DF e ainda não votado. A partir dessa experiência, Patrícia percebeu que, para conseguir maiores ganhos, precisava partir para o movimento estudantil em âmbito nacional, e entrou para a ala jovem do PCdoB. Martins, quando estudava no ensino médio, conseguiu que sua escola aplicasse simulados para o Enem. Isso melhorou a preparação dele e de seus colegas para o exame. Foi bom para ele. Com boa nota no Enem, conseguiu uma vaga disputada na Universidade Federal Fluminense. E um ganho para todos os seus colegas. “Essa preocupação com a educação tem de ser comemorada, porque tem potencial de melhorar o Brasil”, afirma Abrucio. Se conseguirem melhorias consistentes nesse setor, os jovens atuais têm tudo para deixar para a próxima geração um legado mais otimista do que receberam.
As boas intenções expressas por esses jovens não significam, necessariamente, que vem por aí uma turma mais íntegra que a geração atual que povoa os gabinetes do Executivo e as cadeiras legislativas em todas as instâncias do país. A experiência mostra como pessoas com belos discursos na juventude ou no início da carreira política lidaram com as tentações do poder. José Dirceu, o líder estudantil dos anos 1960 que mobilizava os jovens contra a ditadura, tornou-se, nos anos 2000, o ministro afastado sob acusações de ser o mentor do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso. Lindenberg Farias, o cara-pintada que virou símbolo dos protestos que levaram ao impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, no início dos anos 1990, tornou-se um prefeito fiscalizado por irregularidades e seus bens chegaram a ser bloqueados pela Justiça. “Essa geração tem ideário e informação para entrar na política de forma diferente”, diz Abrucio. “Mas é difícil prever se vão conseguir de fato mudar.” Eles têm o potencial, mas vão ter de vencer as barreiras das elites partidárias e manter-se imunes aos vícios do atual jogo político. No Brasil, a máquina política envolve mais de meio milhão de pessoas. São 64 mil em cargos eletivos, do presidente ao vereador. Mais 250 mil incluindo assessores e secretários. E 380 mil candidatos a prefeito e vereador. Só o futuro dirá se jovens como Ana Carolina Moraes, Demétrio César Xavier, Edinaldo de Oliveira, Inaê Iabel Barbosa, Kamila Schass, Marcel Beghini, Patricia Matos e Tiago Martins mudarão as regras desse amplo clube do poder – ou se renderão a elas.

FONTE; Autor(es): LETÍCIA SORG E ANGELA PINHO Época - 10/10/2011

Os Maias apontam 2012 como o fim de um ciclo na Terra

Um dos mais antigos povos da América Central, os Maias destacam-se até hoje por sua organizada estrutura de ciência, história, arte e religião. Das várias profecias feitas por esse povo, há mais de 5 mil anos, a que mais chama a atenção de cientistas e filósofos de todo o mundo é a exatidão e o mistério contidos no calendário maia, que cita o ano 2012 como um ano-chave para mudanças em nosso planeta e o fim de um ciclo. No entanto, as sete profecias que marcam a civilização maia trazem, acima de tudo, esperança e conscientização.

Os maias acreditavam que a nossa Galáxia segue um ciclo imutável, o que pode e deve ser mudado é a consciência da humanidade rumo à evolução. Eles apontam que sua civilização era a quinta iluminada pelo Sol, ou seja, estavam no quinto grande ciclo solar e, por conseqüência, outras quatro já haviam passado pela Terra e foram destruídas por desastres naturais.
Os maias previram que o Sol mudará a sua polarização em 22 de dezembro de 2012, após receber um raio sincronizado com origem no centro da Galáxia, um raio que dará origem a explosões solares iniciando a transformação do planeta. Desse modo, uma nova era terá início: o sexto ciclo solar. Os maias relatavam que esse fenômeno acontece a cada 5.125 anos (de acordo com estudiosos e pesquisadores, o início deste ciclo solar se deu no ano 3113 a.C.) e que a Terra será afetada pelo Sol devido a uma mudança no seu eixo de rotação.
As Sete Profecias Maias dizem que a civilização baseada no medo será transformada através das vibrações de harmonia. Mas essa transformação só ocorrerá para quem assim o desejar, será algo pessoal. Os maias não falam em fim do mundo, mas em um processo de transformação em que o espírito ganhará em sua jornada de evolução a esferas mais altas.

As sete profecias

As Sete Profecias Maias, que resumimos abaixo, aparecem para ajudar a humanidade a ter uma atitude de mudança individual, em que todos deverão almejar a compreensão de sua integração com tudo o que existe.


A primeira profecia : É o princípio do tempo não-tempo, que teve início em 1992. Nessa data, o homem começou a fazer mudanças em suas atitudes e consciência, abrindo sua mente a tudo o que existe. Este é um período de 20 anos de duração, no qual a humanidade entra em um período de grande aprendizado e transformação. Após sete anos (a partir de 1999) começa um período de escuridão, em que cada indivíduo se auto-analisará. O homem estará como em um grande salão de espelhos; o materialismo será deixado para trás e inicia-se um processo de libertação do sofrimento.

A segunda profecia : Afirma que a resposta a tudo está dentro de cada indivíduo e que seu comportamento determinará seu futuro. Confirma que, a partir do eclipse solar de 11 de agosto de 1999, o comportamento da humanidade terá grande transformação. Os maias afirmam que os homens facilmente perderão o controle de suas emoções ou conhecerão sua paz interior. Também indicam que a energia que é recebida do centro da Galáxia causa um aumento na vibração do planeta e das ondas cerebrais, alterando pensamentos, comportamento e sentimentos. Esta profecia sugere dois caminhos: um de compreensão e tolerância e outro de medo e destruição. O caminho a seguir será escolhido por cada um.

A terceira profecia : Aponta uma grande mudança na temperatura, produzindo transformações climáticas, geológicas e sociais em uma magnitude nunca antes vista e em incrível rapidez. Uma delas será decorrente do próprio homem, devido à sua falta de consciência em cuidar e proteger os recursos naturais do planeta, e as outras geradas pelo próprio Sol, o qual intensificará sua atividade pelo aumento das vibrações.

A quarta profecia : Relata que a conduta antiecológica do ser humano e o aumento da atividade solar causarão o derretimento dos pólos. A Terra estará apta a se recompor, porém com mudanças na composição física dos continentes. Os maias ainda apontam que, de acordo com seus estudos, a cada 117 giros do planeta Vênus, o Sol sofre novas alterações com grandes explosões e ventos solares, o que coincide com o final deste ciclo.
A quinta profecia : Todos os sistemas que se baseiam no medo sofrerão uma drástica mudança junto com o planeta e o homem passará por uma transformação para dar caminho a uma nova e harmônica realidade. Os sistemas falharão e o homem terá de olhar para si a fim de encontrar uma resposta para reorganizar a sociedade e continuar o caminho à evolução, que o levará a entender a criação.
A sexta profecia : Mostra que nos anos finais aparecerá um cometa cuja trajetória pode pôr em perigo a existência do homem. Essa cultura de considerar o cometa como um agente de mudança vem pôr movimento ao existente equilíbrio, permitindo a evolução da consciência. Para os maias, Deus é a presença da vida, apresenta variadas formas e está em tudo.
A sétima profecia : Esta profecia aponta que, entre os anos 1999 e 2012, uma luz emitida do centro da Galáxia sincronizará todos os seres vivos e permitirá que voluntariamente iniciem uma transformação interna que produzirá novas realidades. Os maias mencionam que cada um terá a oportunidade de mudar e quebrar suas limitações, criando uma nova era, em que a comunicação será pelo pensamento. Os limites desaparecerão, uma nova era de luz e transparência terá início e as mentiras desaparecerão.